E você… é um idolatra?

    O que vem na sua cabeça quando ouve a palavra “idolatria”?
    Na bíblia, vemos como um pecado, uma obra da carne:
    “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.” (Gálatas 5:19-21)
    Entretanto, há um pensamento meio distorcido quando se fala acerca desse assunto, que resume o pecado de idolatrar meramente à devoção a figuras e imagens católicas, ou ao fanatismo exacerbado por pessoas famosas.
    Eu também por muito tempo me limitei a enxergar dessa forma. Ao examinar a mim mesma diante das escrituras, sempre quando lia sobre idolatria, eu nem dava bola. Pensava: “Tem muita coisa errada em mim que preciso mudar, mas, desse mal eu não sofro.”
    Um dia, conheci uma música que mudou toda minha cabeça, Clear the Stage, do Jimmy Needham. E a letra dela veio me cortando no meio desde o início, mas, me desmontou de vez quando chegou em uma parte que dizia:
    “Qualquer coisa que eu colocar antes do meu Deus é um ídolo
    Tudo o que eu quero com todo o meu coração é um ídolo
    Qualquer coisa que eu não consigo parar de pensar é um ídolo
    Qualquer coisa pra qual eu dou todo o meu amor é um ídolo”
    Eu fui quebrada. O pecado que me fazia virar a página ao ler a bíblia, por jurar não cometer, era muito mais presente na minha vida do que eu pensava. E é aí que eu te pergunto: Diante dessa revelação, você também não precisa repensar sobre a idolatria?
    Quanto mais eu cresci em maturidade espiritual, mais eu pude entender que o pecado em nossa vida, algumas vezes é só uma questão de ordem. 
    Nosso relacionamento com Jesus se aprofunda a medida que ajustamos nossas prioridades. Não se trata apenas de algo ser “certo” ou “errado”. Mesmo aquilo que temos como certo, se estiver ocupando o lugar errado em nossa vida, se torna pecado. 
    “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém…” (1 Coríntios 6:12)
    Percebemos que avançamos na fé, quando não nos preocupamos simplesmente em deixar de pecar, mas começamos a nos questionar o quanto daquilo que mesmo nos sendo permitido, deveríamos fazer. Isso é prioridade. A renúncia é exatamente isso: Abrir mão de algo que era seu por direito. Isso é mergulhar no propósito para o qual fomos chamados ao ponto de estar dispostos a deixar todo o restante pra trás. 
    “Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno. E se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno”.
    (Mateus 5:29-30)
    Se assistir televisão tira teu tempo e teu foco de Jesus, joga ela fora. Se usar a internet te leva a ver e fazer coisas que tiram os teus olhos da eternidade, arranque os cabos fora. Se ouvir uma música te causa desejos e carências que não devia e domina o seu coração, exclua ela da tua playlist. Asssistir TV não é pecado. Usar a internet não é pecado. Ouvir música não é pecado. Mas, tudo que toma o teu coração e o teu tempo, tirando Jesus do lugar que Ele deveria estar na tua vida, se torna um ídolo. 
    Admirar, ou se inspirar numa pessoa, não é pecado. Mas, colocá-la como uma referência acima de Jesus, é. Amar alguém, não é pecado. Pelo contrário, é um mandamento. Mas, quando você torna essa pessoa o maior alvo do seu amor, substituindo Jesus, é. 
    Isso acontece muito frequentemente quando nos apaixonamos. Nossos pensamentos, palavras de amor, tempo de qualidade e sonhos são focados em uma pessoa. E Jesus passa assumir o segundo lugar em nosso coração. É por isso que relacionamentos, quando iniciados por pessoas não estruturadas e muito bem enraizadas em Cristo, é uma das maiores causas das quedas e declínios espirituais.
    Você percebe como tudo é uma questão de prioridades? Nós vemos isso até em relacionamento entre pessoas. Com Jesus não seria diferente. 
    Por exemplo: O simples fato de um cara jogar videogame, não deixa sua namorada triste. Mas, se ele gastar mais tempo jogando, falando sobre jogar, ou pensando em jogar, do que fica, fala ou pensa nela, isso, a deixará. 
    “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo”. (Filipenses 3:7-8)
    Todas as demais coisas devem perder sua importância se comparado a Jesus, para os olhos daqueles que verdadeiramente O amam. Só existe um trono em nosso coração, e Ele já tem um Dono.
    É quando fixamos Jesus como O primeiro em toda e qualquer área da nossa vida, que entendemos que nada que queira O tirar desse lugar pode permanecer. 
    E você… 
    É um idólatra?

    Catharina Danclei Souza Taumaturgo

    Igreja Wesleyana de Flores

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